Mais maquiagem, eu suplico
Eles não podem ver o fracasso
Estampado de baixo dos meus olhos...
Hoje... resolvi acordar para o mundo... mundo onde no meu peito só existe um pedaço de carne mal passada...

Now my time has come
Return into the sun
'Cause I've always been searching for you

Arrancando folhas da antiga cactácea
Observo seus líquidos esbranquiçados desenharem todo seu corpo
Um sopro de vida que chega
Ao solo pedregoso contido no vasinho de barro

De certa forma, invejo a espinhosa cactácea
Por conseguir chorar como eu tive medo
Por sagrar como eu deveria sangrar

Contemplo covardemente o cair do que resta da chuva
O derramar de sua existência tão pequena e temporária quanto eu
Sobre o que resta de mim...

Que venha, com a àgua, a vida
Para meu labirinto ressecado e quebradiço
Enquanto aguardo aqui, de baixo do telhadinho
Vendo até mesmo a cactácea festejar a chuva
Fazendo nascer novas folhas
Para consolar a ausência das que tirei fora

Aqui, percebo que não faz mais sentido esperar
Pois de verde, só tenho meus olhos
E de vermelho, só tenho cor dos cabelos
Todos somos feijões verdes...

Instantes mal gastos, tempo perdido. Vidas passadas, péssimas memórias. Possibilidades infelizes, insultos recíprocos. Sou meu único critério para repetir durante todo esse tempo sem nenhum fundo de verdade que não sinto a sua falta
And i find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which i´m dying
Are the best i´ve ever had

As flores de plástico não morrem...
Sigam-me... perky....perky has returned... 8D
E você, garotinha ruiva, o que vê pela janela do seu quarto? ... O caos.
Schhhh! Não suspire, não faça barulho...
Você não quer acordar o que está adormecido, quase morto, há tanto tempo, quer?
Isso mesmo ;)
Eu gosto de me divertir com comida mesmo.

A noite se arrastava e o medo percorria a atmosfera daquele quarto mal cheiroso. Não que cheirasse mal , mas para ela, tudo parecia feio, maculado ou até mesmo pútrido. Aparentava ter experiencia e até mesmo gostar do que fazia, mas seus olhos não a deixavam mentir quando as gotículas minerais a empurravam contra sua própria falsidade para percorrerem todo o seu rosto, ou se possivel, seu corpo. Mas quem se importava? Nem ela mesma se incomodava com sua submissão às vontades alheias... mais uma vez...

Com o bater o do relógio passavam-se três horas e seus pensamentos já percorriam vias distantes da infeliz realidade, onde ela conseguia sentir-se enfim... amada.

O olhar vazio denunciava o medo que sentia de se expor, suas mãos tremiam já quase sem controle, uma pele mais pálida do que o de costume e uma alma notavelmente em pedaços...Ele olha e indiferentemente pergunta "Não anda comendo direito esses dias, não é?"...Ela suspira aliviada, de braços cruzados e responde com menos verdade do que sua expressão de calma "Estou sem apetite..."

Incomodada com o vento, ela levanta seu braço esquerdo para segurar o cabelo deixando a mostra um pulso esbranquiçado marcado por uma fenda superficial e semi retilínea...

Chegava a ser bonita a cor do sangue marcando a pele branca como o urucum que desenha suavemente a pele do juruná... Daria uma bela fotografia, e era apenas nisso que ele conseguia pensar ao olhar para o vermelho forte que paralizava todos os seus sentidos. Conseguia enxerga-la inteira coberta por aquela cor incandecente e nunca a desejara tanto. Na verdade, ele sempre a olhou como se olhasse uma fotografia... Ela não é humana, é uma bela pose imortalizada por sua falta de sentimentos e inteligencia onde aquele sangue não poderia ter outro significado alem de ser puramente estético.

Mas não, ele não podia entregar seus elogios, e com uma expressão de decepção falou "Pensei que tivesse parado com isso... Pensei que você fosse mais forte..." Com mais um suspiro mais aliviado que o anterior ela responde "Me desculpe, mas as vezes tenho que escrever em mim a passagem de algumas pessoas pela minha vida, tento incidir-las em minha carne já que não querem habitar o meu coração..."
Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é operário, sai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê

Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado

Como vou me aborrecer, qual o quê
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro meus braços pra você
Nota mental : Não comer donut durante a noite

A vida vai passando, e me sinto cada vez mais escrava da minha vaidade, as vezes acho que ela me comanda, me guia...

Eu sou uma imagem distorcida de mim mesma...

Punkzinha pirulito =D

Tudo vale a pena...

desde que a alma não seja pequena.

Fernando Pessoa

Nhamy nhamy nhamy i'm the crimson ghost O.o